Antonio Bandeira | Figura Masculina | Nanquim S.C. | 52×40 cm | Ano 1946 | Certificado (VENDIDA)

(VENDIDA/SOLD!!) – ANTONIO BANDEIRA – “Figura Masculina”:
Técnica: N.S.C. – Nanquim Sobre Cartão.
Medidas: 52 x 39,5 cm (obra).
Assinatura: C.S.D – canto superior direito, também possui dedicatória e assinatura no verso.
Data: 1946.
Moldura: Moldura de madeira no cor preta, com paspatur e vidro. (Moldura será trocada conforme escolha do cliente).
Estado de conservação: Excelente.
Certificado: Obra possui certificado e está catalogada no Instituto Antonio “Tombo – Selo IAB”.
Descrição/Detalhes: Maravilhosa e raríssima obra em nanquim do artista, está assinada no canto inferior direito e possui dedicatória e assinatura no verso, obra devidamente emoldurada, registrada no Instituto Antonio Bandeira. Raríssima obra do artista, do período em que residiu no RJ, antes de sua ida a Paris-França onde ficou de 1946 à 1950.
FRETE GRÁTIS – BRASIL*COM SEGURO CONTRA EXTRAVIO JÁ INCLUSO).
OBS: A moldura será trocada conforme escolha do cliente.

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Data

Descrição/Detalhes

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(VENDIDA/SOLD!!) – ANTONIO BANDEIRA – “Figura Masculina”:
-Técnica: N.S.C. – Nanquim Sobre Cartão.
-Medidas: 52 x 39,5 cm (obra).
-Assinatura: C.S.D – canto superior direito, também possui dedicatória e assinatura no verso.
-Data: 1946.
-Moldura: Moldura de madeira no cor preta, com paspatur e vidro. (Moldura será trocada conforme escolha do cliente).
-Estado de conservação: Excelente.
-Certificado: Obra possui certificado e está catalogada no Instituto Antonio “Tombo – Selo IAB”.
-Descrição/Detalhes: Maravilhosa e raríssima obra em nanquim do artista, está assinada no canto inferior direito e possui dedicatória e assinatura no verso, obra devidamente emoldurada, registrada no Instituto Antonio Bandeira. Raríssima obra do artista, do período em que residiu no RJ, antes de sua ida a Paris-França onde ficou de 1946 à 1950.
FRETE GRÁTIS – BRASIL*(COM SEGURO CONTRA EXTRAVIO JÁ INCLUSO).
OBS: A moldura será trocada conforme escolha do cliente.

Antonio Bandeira (BR, CE, Fortaleza – França, Paris, 1967)
Pintor, desenhista, gravador.
Inicia-se na pintura como autodidata. Em 1941, em Fortaleza, participa, ao lado de Mário Baratta (1915-1983), entre outros, da criação do Centro Cultural de Belas Artes – CCBA, que dá origem, em 1943, à Sociedade Cearense de Artes Plásticas – SCAP. Em 1945, transfere-se para o Rio de Janeiro e, no ano seguinte, realiza sua primeira exposição individual, no Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB/RJ. Contemplado pelo governo francês com bolsa de estudos, permanece em Paris de 1946 a 1950. Freqüenta a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes] e a Académie de la Grande Chaumière, mas, em busca de uma arte não acadêmica, deixa essas instituições. Entre 1947 e 1948 participa de dois importantes eventos: o Salon d’Automne e o Salon d’Art Libre. Em Saint-Germain-des-Près toma parte em reuniões de artistas como Camille Bryen (1907 – 1977) e Bernard Quentin. Com Bryen e Wols (1913-1951), de quem se torna amigo, forma o Grupo Banbryols (ban de Bandeira; bry de Bryen; e ols de Wols), que dura de 1949 a 1951. De volta ao Brasil, em 1951, instala-se no ateliê do amigo escultor José Pedrosa (1915-2002), onde também trabalha o pintor Milton Dacosta (1915-1988) e apresenta-se na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Em 1952, cria um mural para o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB/SP, em São Paulo. Retorna a Paris em 1954 em razão do Prêmio Fiat, obtido na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, mas não deixa de expor no Brasil. Permanece na Europa até 1959, passando pela Inglaterra e Bélgica, onde, em 1958, realiza um painel para o Palais des Beaux-Arts. Ao retornar ao Brasil tem uma atividade artística intensa, participa de importantes exposições, em paralelo a mostras em Paris, Munique, Verona, Londres e Nova York. Em 1961, edita um álbum de poemas e litogravuras de sua autoria, e, no mesmo ano, João Siqueira realiza um curta-metragem sobre a obra do pintor. Volta a Paris em 1965, onde permanece até sua morte.
Análise
Antonio Bandeira começa a pintar em Fortaleza, nos primeiros anos da década de 1940. Nesse período, a cidade vive uma intensa movimentação artística. Bandeira cria, em 1941, com artistas como Mário Baratta (1915 – 1983), Raimundo Cela (1890 – 1954) e Aldemir Martins (1922), o Centro Cultural de Belas Artes – CCBA, que pretendia mobilizar a cultura visual cearense. A instituição monta um espaço para exposições permanentes, realiza Salões anuais e tenta manter cursos de arte. Nesse ano, Bandeira expõe pela primeira vez, no 1º Salão Cearense de Pintura, promovido pelo CCBA. Em 1943 o pintor ganha o primeiro prêmio no 3º Salão Cearense de Pintura, com a tela Cena de Botequim, 1943.
A pintura Antonio Bandeira nesse momento tenta figurar cenas da vida suburbana de Fortaleza sem cair nos clichês do retrato de pescadores e jangadeiros. Em seus quadros são privilegiadas as populações marginais da cidade. Ele pinta cenas com personagens da boêmia, em Paisagem Noturna, 1944, e na penúria financeira, em Desempregados, 1944. Trata dos temas com pinceladas enérgicas e um desenho forte, inspirados na vitalidade de Vincent van Gogh (1853 – 1890). Procura dar a essas cenas uma textura vibrante que revele dramaticidade.
Em 1945, o artista, com Inimá de Paula (1918 – 1999), Raimundo Feitosa e Aldemir Martins, se muda para o Rio de Janeiro, encorajado por Jean-Pierre Chabloz (1910 – 1984), que articulava uma exposição destes artistas cearenses na Galeria Askanasy. Seu trabalho é bem recebido e Bandeira ganha uma bolsa da Embaixada Francesa para estudar em Paris, seguindo para lá em abril de 1946. Estuda pintura, desenho e gravura na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes] e na Académie de La Grande Chaumière. O contato com as obras das vanguardas históricas aproxima seu trabalho do cubismo e do fauvismo. Em telas como Mulher Sentada Lendo, 1948, e Cara, ca.1948, as formas geometrizadas mostram influência de Pablo Picasso (1881 – 1973), mas esses planos recortados têm cores fortes e contrastantes, ao modo fauve. No entanto, sua obra já toma outras direções. A convivência do artista, desde o fim dos anos 1940, com o alemão Wols (1913 – 1951) e Camille Bryen (1907 – 1977) colabora para a guinada de seu trabalho para uma pintura mais gestual, abstrata e aberta a sugestões ligadas ao automatismo surrealista. Apesar de preservar a figura, aqui ela aparece de maneira sugerida, marcada pela interação de elementos livres como manchas e marcas de pincel. Em 1948, Bandeira participa da mostra La Rose des Vents, na Galérie des Deux Ilés, que marca sua adesão ao abstracionismo informal. Seus trabalhos em guache e nanquim adquirem progressivamente esta feição. As linhas parecem perder a continuidade, não contornam figuras e, soltas por todo o trabalho, sugerem formas de objetos. Na pintura essa mudança aparece a partir de 1949, em trabalhos como Paysage Lointain, em que o artista incorpora as manchas, riscos e as formas coloridas sem submetê-los a um desenho prévio.
Bandeira volta ao Brasil em 1951. Monta ateliê no Rio de Janeiro com José Pedrosa (1915 – 2002) e Milton Dacosta (1915 – 1988), e, em abril, apresenta sua primeira grande exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM/SP. O artista Waldemar Cordeiro (1925 – 1973)escreve sobre as suas pinturas abstratas e as compara à produção concreta que ganhava vulto no país. Em Fortaleza, em 1952, Bandeira inicia uma nova fase de sua pintura. Radicaliza a abstração informal e passa a incorporar os gotejamentos e respingos da tinta. Busca uma tela em que o primeiro e o segundo plano se mostrem indistintos, não como um emaranhado de cores caótico, mas num jogo livre de linhas harmonizado por formas coloridas. Em trabalhos de 1954, como Luares Sobre a Cidade Negra e Árvores, Bandeira se vale de formas geométricas para buscar um equilíbrio do entrecruzar de linhas e pinceladas livres.
Ao receber prêmio na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, o artista volta a Paris. Nesta nova estada no exterior, expõe em Londres, Nova York e realiza um painel para o Palais des Beaux-Arts de Bruxelas, em 1958. Bandeira permanece na França até 1959, quando retorna para uma temporada bem sucedida de exposições no Brasil, entre elas a grande individual no Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM/BA em 1960 e a 5ª e a 6ª Bienal Internacional de São Paulo. Seus quadros são cada vez mais gestuais, no entanto não se pode dizer que eles se tornem abstratos em sentido estrito.
Sua pintura segue com procedimentos da abstração gestual. No entanto, com base nesses procedimentos, o artista procura figuras que surgem entre estes traços e pinceladas. Diferente da pintura realista, o primeiro objetivo não é figurar. O artista encontra as figuras, na relação livre entre os elementos de seu trabalho, que de maneira aberta sugerem imagens de flores ou paisagens. Ainda no Brasil, em 1962, Bandeira começa a incorporar materiais pouco usuais em suas telas, distribuindo miçangas na superfície pintada. Mais tarde, de volta a Paris, o artista usa barbantes e isopor. Aparentemente, sua produção, por volta de 1966, diminui. Mas o artista segue pintando até dias próximos de sua morte, em 1967, em Paris.

Fonte: ANTONIO Bandeira. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural.

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