Manoel Santiago | Rio de Janeiro-Praia | Óleo Sobre Eucatex | 35X40 cm | C.I.E (VENDIDA)

(OBRA VENDIDA/SOLD!!) – MANOEL SANTIAGO – “Rio de Janeiro-Praia”:
Técnica/Suporte: O.S.E. – óleo sobre eucatex.
Medidas: 35 x 40 (obra).
Assinatura: C.I.E. e A.N.V. – canto inferior esquerdo e no verso da obra.
Data: S/D.
Moldura: Ricamente emoldurado.
Estado de conservação: Excelente.
Descrição/Detalhes: Ex-coleção do Sr. M. Martins Costa. Linda obra do artista, executado em óleo sobre placa, ricamente emoldurado.
FRETE GRÁTIS – BRASIL*

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(OBRA VENDIDA/SOLD!!) – MANOEL SANTIAGO – “Rio de Janeiro-Praia”:
-Técnica/Suporte: O.S.E. – óleo sobre eucatex.
-Medidas: 35 x 40 (obra).
-Assinatura: C.I.E. e A.N.V. – canto inferior esquerdo e no verso da obra.
-Data: S/D.
-Moldura: Ricamente emoldurado.
-Estado de conservação: Excelente.
-Descrição/Detalhes: Ex-coleção do Sr. M. Martins Costa. Linda obra do artista, executado em óleo sobre placa, ricamente emoldurado.
FRETE GRÁTIS – BRASIL*

-BIOGRAFIA: Manoel Santiago (BR, AM, Manaus 1897 – BR, RJ, Rio de Janeiro 1987)
Pintor, desenhista, professor.

Manoel Colafante Caledônio de Assumpção Santiago mudou-se para Belém em 1903 e inicia estudos de pintura. Em 1919 transfere-se para o Rio de Janeiro, e cursa direito ao mesmo tempo que freqüenta a Escola Nacional de Belas Artes – Enba, onde é aluno de Rodolfo Chambelland e Baptista da Costa. Na época, assiste a aulas particulares de Eliseu Visconti. Casa-se em 1925 com a pintora Haydeá Santiago. Participa em 1927 do Salão Nacional de Belas Artes – SNBA e recebe o prêmio viagem ao exterior. Vai para Paris no ano seguinte, e lá permanece por cinco anos. De volta ao Rio de Janeiro, em 1932, torna-se professor do Instituto de Belas Artes. Em 1934, passa a lecionar pintura e desenho no Núcleo Bernardelli, figurando entre seus alunos José Pancetti, Edson Motta, Bustamante Sá, Ado Malagoli, Rescála e Milton Dacosta.
-Comentário crítico:
No início de sua carreira, Manoel Santiago pinta nus femininos e obras de temática ligada às lendas indígenas da Amazônia, realizadas em uma paleta luminosa, inspirada nos impressionistas, com pinceladas livres. Sua obra revela afinidade com aquela de Haydeá Santiago, sua esposa, embora a produção desta possua um caráter mais intimista, com temas ligados a cenas de gênero.
Manoel Santiago representa a paisagem do Rio de Janeiro em inúmeras telas. O crítico Angyone Costa, em artigo de 1932, elogia sua obra, afirmando que a luz de certos dias enevoados da terra carioca não tivera melhor intérprete, com exceção de Eliseu Visconti.1 Em Alto Teresópolis, 1947 destaca-se o uso apurado da cor e uma luz que transfigura a paisagem, além do emprego de pinceladas espessas.
Algumas de suas telas evocam, em sua estrutura, a produção de Jean-Baptiste-Camille Corot, como em Pescador, déc.1960, na qual explora os efeitos de luz sobre a casca rugosa da árvore em primeiro plano. Já em obras posteriores o uso da cor torna-se mais livre, como nas paisagens litorâneas de Maranhão e Paraíba, déc.1980.
Notas
1 Citado em MORAIS, Frederico. Núcleo Bernardelli: arte brasileira nos anos 30 e 40. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1982, p. 79.

Críticas:
“Santiago, vigoroso temperamento de artista e definida personalidade. A paisagem, principal peça de sua contribuição, é uma obra de museu. Não estivesse Santiago no júri e seria uma injustiça não adquiri-la. Ele é, antes de tudo, um grande paisagista. De tal modo que trata a figura, em seus retratos, como se fosse paisagens. A figura humana, em seus pincéis, toma um caráter paisagístico, uma vez que, embora excelente desenhista, o desenho e a perspectiva aérea, assim como a linear, que dão sentido de amplidão, quase não existem. Seus retratos carecem de volume, são modulados por acordes tonais. Uma árvore, o mar ou uma face humana têm o mesmo tratamento, prevalecendo sempre o sentido poético e esfuziante do estilo em lugar do sentido psicológico, da interpretação íntima da personagem retratada, como costumam ser os verdadeiros retratos. A cor que domina literalmente este pintor faz o desenho explodir e a obra se tornar aberta, livre do desenho de contorno, como toda tela impressionista. Não é apenas a fixação do fugaz-eterno que define o quadro impressionista, nem suas pinceladas separadas, e sim, principalmente, a transcrição transformada da natureza em poesia colorida”.
Alfredo Galvão
AQUINO, Flávio de. Manoel Santiago: vida, obra e crítica. Apresentação de J. Cabicieri. Rio de Janeiro: Cabicieri, 1986.
“Ao longo de sua extensa carreira, Manoel Santiago, o grande paisagista, também, por várias vezes, teve a figura como tema principal de seu quadro. O nu ou o retrato, a figura como tentativa de sondar o íntimo do modelo. Manoel Santiago enfrentou esse problema de duas maneiras diferentes. A primeira, tentando a fidelidade ao modelo; a segunda, procurando – e fez isso com sucesso -, curvando o modelo ao seu estilo fluido e impressionista. Em suas reproduções, como formas confluentes de ligar a expressão psíquica da retratada à maneira fracionada, aproxima-se do fauvecubista. (…) As idéias teosóficas de Manoel Santiago são de interesse, porque explicam melhor a interação da obra com o pensamento do autor. Se ao ver uma figura, um objeto, um ser ou uma paisagem, ele os sente como forma, como imagens pictóricas; no entanto, seu temperamento, suas idéias atuam também como elemento primordial. ´O estilo é o homem´ (Flaubert). Mas não o homem em suas aparências e sim no seu sentido existencial mais profundo. E o estilo de Manoel Santiago é o do homem idealista, espiritualista e teosófico que era o pintor. Deste modo, quando ele diz que a ´vida é Una, as formas são múltiplas´ está, no fundo, proclamando que são múltiplas as interpretações da vida e do ambiente em que a vida existe, mas essa multiplicidade obedece à visão Una do artista. Seu objeto é, pois – como ele escreveu -, interpretar o ideal, fazer uma arte idealista, elevada espiritualmente com intuição e sensibilidade. Fala ainda – e com propriedade – que criação e matéria pictórica são inseparáveis”.
Flávio de Aquino
AQUINO, Flávio de. Manoel Santiago: vida, obra e crítica. Apresentação de J. Cabicieri. Rio de Janeiro: Cabicieri, 1986.

Fonte: MANOEL Santiago. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural.

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