Maria Leontina | Composição | Óleo Sobre Tela | 41×20,5 cm | Ano 1951 | C.I.D (VENDIDA)

(OBRA VENDIDA/SOLD!!) – MARIA LEONTINA – “Composição”:
Técnica/Suporte: O.S.T.- óleo sobre tela.
Medidas: 41 x 20,5 (obra).
Assinatura: C.I.D. – canto inferior direito e A.N.V.-assinado no verso (no seu chassi original).
Data: 1951, está datado no canto inferior direito, bem como também datado no verso no chassi da obra.
Moldura: Com moldura de madeira original da época.
Estado de conservação: Ótimo.
Descrição/Detalhes: Raríssima obra da artista, representando composição, está assinado e datado 1951 no canto inferior direito, bem como no verso da obra, em seu chassi de madeira. Ex-Coleção do Sr. Robson Rodrigues.
FRETE GRÁTIS – BRASIL*

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Descrição/Detalhes

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(OBRA VENDIDA/SOLD!!) – MARIA LEONTINA – “Composição”:
-Técnica/Suporte: O.S.T.- óleo sobre tela.
-Medidas: 41 x 20,5 (obra).
-Assinatura: C.I.D. – canto inferior direito e A.N.V.-assinado no verso (no seu chassi original).
-Data: 1951, está datado no canto inferior direito, bem como também datado no verso no chassi da obra.
-Moldura: Com moldura de madeira original da época.
-Estado de conservação: Ótimo.
-Descrição/Detalhes: Raríssima obra da artista, representando composição, está assinado e datado 1951 no canto inferior direito, bem como no verso da obra, em seu chassi de madeira. Ex-Coleção do Sr. Robson Rodrigues.
FRETE GRÁTIS – BRASIL*
-ID | REF: GP-P21106

-BIOGRAFIA: Maria Leontina Mendes Franco da Costa (São Paulo SP 1917 – Rio de Janeiro RJ 1984).
Pintora, gravadora, desenhista.

Inicia estudos de desenho com Antônio Covello, em São Paulo, em 1938, e na primeira metade da década de 1940 estuda pintura com Waldemar da Costa (1904-1982). Em 1946, no Rio de Janeiro, freqüenta o ateliê de Bruno Giorgi (1905-1993) e faz curso de museologia no Museu Histórico Nacional (MHN), entre 1946 e 1948. Em 1947, participa da exposição 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia, em São Paulo. Em 1951, é convidada pelo psiquiatra e crítico de arte Osório César (1895-1983) para orientar o setor de artes plásticas do Hospital Psiquiátrico do Juqueri. No mesmo ano, organiza uma mostra dos internos no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Em 1952, com bolsa de estudo do governo francês, viaja para a Europa, acompanhada pelo marido, o pintor Milton Dacosta (1915-1988). Em Paris, entre 1952 e 1954, frequenta o ateliê de gravura de Johnny Friedlaender (1912-1992). Na década de 1960, realiza painel de azulejos para o Edifício Copan e vitrais para a Igreja Episcopal Brasileira da Santíssima Trindade, ambos em São Paulo. Inicialmente, sua obra é pautada no figurativismo de cunho expressionista, mas paulatinamente passa ao abstrato, sem seguir o rigor da geometria pura. Em 1960, em Nova York, recebe o prêmio nacional da Fundação Guggenheim e, em 1975, o prêmio pintura da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA).

Comentário Crítico
Nascida numa tradicional família paulistana, Maria Leontina se interessa por pintura após visita à exposição de Flávio Carvalho (1899-1973). Inicia a formação artística estudando desenho com o pintor acadêmico Antônio Covello. A aproximação ao ambiente moderno e a dedicação com afinco à pintura ocorrem em 1940, quando passa a freqüentar o ateliê de Waldemar da Costa, artista co-fundador da Família Artística Paulista (FAP). Durante os anos de estudo com o artista (até 1946), Leontina apresenta produção de tendência expressionista próxima à de Flávio de Carvalho e Iberê Camargo (1914-1994). Em 1947 participa da exposição 19 Pintores, idealizada por sua irmã e crítica de arte Maria Eugênia Franco, e recebe o segundo prêmio do júri, formado por Anita Malfatti (1889-1964), Di Cavalcanti (1897-1976) e Lasar Segall (1891-1957). Entre os jovens artistas expositores encontram-se nomes importantes da arte brasileira como Lothar Charoux (1912-1987), Marcelo Grassmann (1925-2013), Aldemir Martins (1922-2006), Luiz Sacilotto (1924-2003) e Flávio-Shiró (1928), todos ligados, naquele momento, à iconografia expressionista. Como afirma a artista, já no fim da vida, em depoimento ao crítico Frederico Morais: “Eu era expressionista, como quase todos os artistas naquela época”.
Seu trabalho suscita a atenção mais intensa da crítica com a série de naturezas-mortas, iniciada em 1949, nas quais se percebe uma reflexão sobre o cubismo. Nelas o espaço pictórico autônomo, não preocupado com a representação da realidade, começa a se impor e as figuras tornam-se cada vez mais sintéticas. Em 1949, casa-se com o pintor Milton Dacosta. Com bolsa concedida pelo governo francês, viaja com o marido para a Europa, em 1952. Freqüenta o curso de gravura de Johnny Friedlaender, em Paris, onde vive até 1954. Nesse período, viaja por diversos países.
Mediante o desenvolvimento sem rupturas de sua pintura, chega à abstração geométrica em meados dos anos 1950, com base na depuração dos elementos figurativos. Naturalmente a artista é afetada pelo clima de discussão em torno da abstração, vigente no Brasil, e por sua experiência no exterior, onde provavelmente entra em contato com o movimento construtivo e a pintura abstrata européia. Relacionadas com as poéticas abstrato-geométricas, estão as séries como Os jogos e os Enigmas, Da Paisagem e do Tempo, Narrativas e Episódios. Muitas de suas pinturas evocam o espaço urbano e suas construções. Em obras como Os Enigmas (1955) a cidade aparece como uma construção de formas geométricas que lembra a série Castelos e Cidades realizada por Milton Dacosta a partir de 1955. Possivelmente, a artista teria sofrido influência do marido pintor, compondo na segunda metade dos anos de 1950 trabalhos com formas geométricas mais rigorosas. Contudo, não segue a exatidão artesanal das linhas de Dacosta, preferindo uma tendência mais leve, abrandando os limites das formas e permitindo a sobreposição de cores, em uma pintura repleta de transparências.
A fase “construtiva” de Maria Leontina, que dura até 1961, é considerada por diversos críticos como o momento de maior singularidade em seu percurso artístico. Permanecendo à margem das vertentes construtivas brasileiras, a artista desenvolve uma peculiar “geometria sensível”, na qual a rigidez da linha e o rigor matemático da composição são substituídos por uma ordenação intuitiva e formas geométricas imprecisas. Como afirma o crítico Frederico Morais, nesses trabalhos ocorre “o justo equilíbrio entre expressão e construção, cálculo e emoção”. Para o crítico Paulo Venâncio Filho certo aspecto mágico e espiritual – a que muitos chamaram de teor metafísico no sentido da concepção de pintura como a apresentação do invisível pelo visível – permeia suas estruturas, abrandando o senso ordenador mais radical. Não é à toa que o crítico Ferreira Gullar (1930) remete a produção abstrata de Leontina aos trabalhos de Paul Klee (1879-1940) e Joán Miró (1893-1980). Também em relação às cores, a artista, uma das maiores coloristas da arte brasileira, não se restringe aos dogmas construtivos das cores primárias, trabalhando com igual destreza tanto tonalidades mais quentes quanto tons mais sóbrios.
Em 1961, com a série Formas, é inaugurada uma nova fase em sua trajetória, na qual as formas passam por um processo de arredondamento, posteriormente transformadas em manchas. A partir de então, e até o fim de sua vida, Maria Leontina realiza diversas séries em que ora predomina a abstração, geométrica ou não, ora a figuração sintética de cunho simbólico. Destaca-se a longa série de Estandartes, iniciada em 1963, considerada “um tema plástico infinito em suas possibilidades de variações de forma, linha e cor”, segundo depoimento da artista. Os elementos são reduzidos cada vez mais ao essencial e a atmosfera metafísica e lírica presente desde seus primeiros trabalhos, assim como a qualidade silenciosa de suas pinturas, persistem.
Nota-se que a artista possui uma produção em desenho pouco conhecida e a ser mais bem investigada. Sobre o papel do desenho em seu método de criação, declara: “Quando vejo a montanha, o contorno me parece inicialmente definido. Depois surgem duas, três linhas. O mesmo ocorre em nosso relacionamento com os seres humanos. O que era nítido de início, cede lugar à imprecisão […] Eu desenho muito. Gosto de elaborar o desenho dentro de mim, para que ele surja espontâneo. O desenho é muito útil, sempre. Sobretudo para captar as nuanças e as sensações”.

Fonte: MARIA Leontina. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural.

Tags: Maria Leontina, óleo sobre tela, composição, natureza morta, abstrato, desenho, sem título, galeria paulista, obra de arte online

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